sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

METODOLOGIA

O que fizemos?

Fizemos observações a três faculdades e aqui importou observar a existência de bares/cantinas e/ou restaurantes; a importância dos espaços, e da apresentação dos funcionários; a descrição das ementas nas três faculdades. Consideramos isso relevante para determinar diversos factores, como sejam, o facto de os estudantes alterarem ou não os seus hábitos com a entrada na faculdade, saber até que ponto têm uma alimentação equilibrada, estabelecer a relação da alimentação que têm com a falta de tempo disponível.


Onde fizemos?

Incidimos essas observações em três Faculdades da Universidade do Porto. Escolhemos as faculdades de: Medicina Dentária, Engenharia e Psicologia e Ciências da Educação. Executamos as observações em bares, cantinas e num restaurante das três faculdades.
Escolhemos a Faculdade de Medicina Dentária e observamos um único espaço que funciona como bar, cantina e sala de convívio. Fizemos esta escolha com o propósito de perceber até que ponto os futuros especialistas na área da dentição se preocupam com aquilo que comem. Optamos pela Faculdade de Engenharia, onde observamos três bares e um restaurante. Escolhemos esta faculdade porque já tínhamos conhecimento que se tratava de uma faculdade com excelentes condições em termos de restauração e, então, seria relevante observar de perto se as tão boas condições do espaço se assemelhavam às boas condições de alimentação. Por último escolhemos a Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação. Esta opção tem fundamento, na medida em que, tratando-se de uma faculdade que vai de encontro com a educação e tudo que a envolve, torna-se assim fulcral que a educação alimentar também esteja presente, e até que ponto os estudantes estão sensibilizados para esse facto.


Como fizemos?

Na Faculdade de Medicina Dentária sentamo-nos numa mesa do bar, tiramos, discretamente, uma folha e um papel para anotar tudo o que de relevante víssemos. Às tantas, os estudantes da dita faculdade apercebendo-se da presença de duas intrusas, que constantemente olhavam para eles e tiravam notas, começaram eles próprias a observar-nos. Então achamos por bem disfarçar um pouco, e para isso fomos também nós comprar um lanche e uma bebida. A nossa observação tornou-se algo embaraçosa. Na Faculdade de Engenharia, e já sabendo que era necessário haver um disfarce maior para a observação não se tornar constrangedora, sentamo-nos numa mesa, tiramos cada uma dois livros e folhas em branco, fizemos de conta que estávamos a estudar, e passado alguns momentos decidimos ir comprar bebidas. No entanto a ideia do disfarce acabou por não ser muito convincente devido à nossa enorme ânsia de fazer as coisas rapidamente. Às tantas uma de nós levanta-se, vai de encontro ao balcão e observa os alimentos da vitrina, a ementa do dia e escreve sem qualquer preocupação. O momento embaraçoso foi quando a senhora do atendimento pergunta com ar muito sério e desconfiado o que desejava.Na Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação, a observação já correu com maior descontracção e sem qualquer tipo de constrangimento. Sentamo-nos numa das mesas e fomos escrevendo o que observávamos muito tranquilamente e sem que ninguém se apercebesse da dita observação.


Quando fizemos?
Executamos as observações durante a hora do almoço, por volta das 12:30 às 13:30.

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